segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Intolerância?

Há catorze anos, um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus protagonizou uma cena que provocou indignação entre os fiéis católicos do Brasil. Para quem não se lembra ou não viu o ocorrido, vou relatar o que aconteceu: ele chutou uma imagem da santa considerada padroeira do Brasil – Senhora Aparecida. Detalhe: em pleno dia 12 de outubro, data comemorativa à santa.

A atitude do pastor, que, a priori, aparenta intolerância religiosa, apenas rasgou o véu e revelou o quão católicos e evangélicos divergem em vários pontos. Mas o pior, foi a partir deste episódio que a mídia demonstrou a que segmento religioso ela favorece – claro, me refiro, sobretudo, à Rede Globo de Televisão. Mas não é esse o foco desta breve análise.

Se você, que ora lê esse texto, acha que, pelo que foi dito, a atitude do pastor foi de intolerância religiosa, certamente deve rever seus conceitos. A atitude em si foi infeliz, porque ele desrespeitou a religião de milhões de pessoas. Porém, analise o intuito dele: mostrar como o Brasil, um País que tem tanto pela frente, tem como protetora uma “senhora” e não “O Senhor”.

Ora, Davi declarou no Salmo 33 versículo 12: “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor”. Se você acha que falo somente do ponto de vista protestante sobre a questão da padroeira do Brasil, deveria ler os livros de História Antiga, pois lá está registrado que cada cidade era “protegida” por uma divindade [um/a deus/a]. Assim também era a tradição romana: cada cidade tinha seu/sua padroeiro/a.

Parecido com o Brasil, não é mesmo? Sim, é sim. Basta ver o que é feito todos os anos no dia 12 de outubro: em Aparecida do Norte/SP, onde fica localizado o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, milhares de fiéis católicos se reúnem para celebrar o dia da sua padroeira, adorando – não há outro termo – uma imagem encontrada há alguns séculos, por simples pescadores de um povoado, onde hoje fica a cidade.


Santuário dedicado a Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte/SP.

Então você pode perguntar: adorar a imagem? Não seria “venerar”? Há uma linha tênue entre cultuar e venerar. Mas, para que não haja dúvidas quanto a estes termos, vejamos como o Dicionário Aurélio os define:

CultuarRender culto a: adorar imagens.
Venerar - Render culto a; reverenciar: venerar os santos. Ter em grande consideração; respeitar, acatar: venerar os pais.

Em outras palavras, adorar é mais que venerar. Afinal, eu venero minha mãe, ou seja, a respeito, porém, não mando fazer uma imagem de escultura dela e fico me prostrando perante a mesma. Além do mais, veneração tem um limite, pois pára no respeito, já adoração é um amor incondicional, é ter algo ou alguém acima de todas as coisas.

Voltando ao caso do pastor: ele pregava, naquela ocasião, sobre o que diz o texto do Salmo 115. Vou transcrevê-lo aqui para melhor compreensão:

1 Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
2 Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?
3 Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz.
4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.
5 Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;
6 têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;
7 têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
8 Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.
9 Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
10 Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
11 Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.
12 O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão;
13 abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes.
14 Aumente-vos o Senhor cada vez mais, a vós e a vossos filhos.
15 Sede vós benditos do Senhor, que fez os céus e a terra.
16 Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.
17 Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;
18 nós, porém, bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor.


Não é preciso ter muito estudo para entender o recado de Deus para todos nos versos acima citados: NÃO HÁ OUTRO DEUS FORA O DEUS DE ISRAEL, O SENHOR DO UNIVERSO. O pastor, dentro do contexto do texto sobre o qual pregava, falava sobre como Deus Se irrita daqueles que se prostram perante imagens de escultura, ficando estes iguais a elas: têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.

Se a atitude do pastor foi de intolerância religiosa, o que demonstram os versículos transcritos?

Mas pensando bem, a atitude do pastor foi, sim, de intolerância... Intolerância à mariolatria – adoração à figura da mãe de Jesus – que é praticada pelo Brasil a fora, intolerância a uma prática pseudo-cristã.

Deus foi intolerante quando proibiu o povo de Israel de fazer ou adorar imagens de escultura? Acaso Deus feriu o sentimento religioso de algum povo que tinha tal prática? Sim, Deus feriu... Do ponto de vista humano.

Mas não falamos de qualquer ser, falamos do Senhor do Universo, Criador de todas as coisas. Não fez Deus o homem para que este adorasse a outrem, se não a Ele. Até parece que Deus vai Se agradar da prática idolátrica dos homens.

Por toda a Bíblia temos a proibição expressa de Deus quanto à prática da idolatria. Ter outros deuses é não reconhecer a suficiência Divina. Vários povos assim agiam na antiguidade: tinham diversas divindades. Isso advinha da necessidade de explicar acontecimentos que eles não entendiam. Contudo, o Deus dos deuses Se revelou à humanidade. Não mais é um “deus desconhecido”.

Mas aí há uma questão que muitos levantam: Deus não mandou fazer imagens? Os tais se referem aos querubins em cima da Arca da Aliança [Êxodo 25:18], à serpente de bronze do deserto [Números 21:8] e aos querubins que ornamentavam o Templo de Salomão [I Reis 6:23].


















Arca da Aliança com os dois querubins sobre a tampa


































Serpente de bronze levantada no deserto por Moisés


Há certo ditado que diz que um texto sem contexto vira pretexto. Nada mais certo. Sobre os querubins em cima da tampa da Arca da Aliança, tratava-se de uma escultura dupla, em que um querubim ficava de frente para o outro, cruzando suas asas. Tal escultura era de ouro, como o restante da Arca. Contudo, o povo não se prostrava perante “os querubins” e os “reverenciava”, porque tal prática era abominável diante de Deus.

A serpente de bronze geralmente é o principal argumento para respaldar a veneração [culto] às imagens de escultura. Porém, poucos prestam atenção a alguns pontos: 1. A serpente prefigurava [simbolizava] Jesus, já que a serpente de bronze foi erguida num madeiro, como Cristo na Cruz, e acontecia que, todo aquele que olhasse para ela, ficava curado da picada das serpentes ardentes do deserto, como o homem é curado de seus pecados, quando aceita [“olha para”] o Sacrifício de Cristo na cruz [“madeiro”]; 2. Em nenhum momento vemos que Deus mandou os filhos de Israel se prostrarem diante da imagem da serpente, mas somente olhar para ela; e por fim, 3. Deus mandou destruir a imagem da serpente de bronze, porque essa se tornara objeto de culto dos filhos de Israel, anos mais tarde, depois que entraram em Canaã [II Reis 18:4]. Preciso falar mais sobre a serpente de bronze?

Sobre os querubins que ornamentavam o templo construído por Salomão, essa era a função mesmo deles: ornamentar, enfeitar, embelezar, deixar o ambiente com ares de local sagrado. Em nenhum momento Deus mandou que Seu povo se prostrasse [se ajoelhasse] diante dessas esculturas. E nunca eles fizeram isso. A intenção de Salomão não era que as esculturas fossem objetos de culto, como não eram.

É triste ver milhares de pessoas devotando suas vidas a uma divindade que nada pode fazer por elas. Uma divindade que precisa que homens a carreguem para cima e para baixo, porque se não, não sai do lugar, pois tem pés, mas não anda.

O pastor foi intolerante? Sim, ele foi. Mas no melhor sentido da palavra. Pois ele não tolerou que tantas pessoas se afastassem de Deus, conduzidas ao erro, sob pretexto de continuarem servindo a Deus.

Espero que você não se entristeça comigo, porque quis tão somente abrir-lhe os olhos, caso você acredite na proteção desta “senhora”.

“Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor”. Salmos 33:12

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O que diz a Bíblia...


O que diz a Bíblia sobre...


MARIA



Pergunta corriqueira de um católico romano: “Por que os evangélicos odeiam Maria, a mãe de Jesus?

Nada mais improcedente! Os crentes em Cristo não detestam a Sua mãe, pelo contrário, a tem em grande estima. Prova é que, seguindo sua ordem aos empregados na festa de casamento em Caná, fazemos tudo o que Jesus nos manda (cf. João 2:1ss). E tudo o que Jesus nos ordena está revelado em Sua Palavra.

Por isso mesmo, não damos a Maria glórias que não lhe cabem. Contudo, não a destratamos por isso, pois a Bíblia diz que Maria foi bem-aventurada entre todas as mulheres (Lucas 1:48). Ela foi a mãe do Senhor Jesus, por isso, devemos respeito, admiração pela mulher que foi: um exemplo de crente em Cristo!

Geralmente as críticas aos evangélicos neste âmbito advêm do pouco conhecimento em relação à história desta magnífica personagem bíblica. Também, não é para menos, pois a vida de Maria – ou o pouco de sua trajetória – é relatada apenas nos quatro evangelhos e no início dos Atos dos Apóstolos. Depois disso, não se tem mais menção à vida de Maria, nem mesmo nas três epístolas universais e no livro de Apocalipse de autoria do Apóstolo João (a quem Jesus incumbiu os cuidados de Sua mãe, cf. João 19:16,17).

Pois bem, onde os Escritos Sagrados se calaram sobre a vida de Maria – até porque não era ela o centro das Boas Novas, mas, sim, Jesus –, a tradição “completou” com seus relatos. Eis aí o maior problema: esses relatos distorciam a visão sobre esta humilde serva do Senhor, chegando a contrariar as Sagradas Escrituras. Está aí o princípio da visão distorcida da vida da mãe de Jesus.


Maria e seus títulos


Os evangélicos não atribuem à mãe de Jesus títulos como “Mãe da Igreja”, “Rainha” e “Senhora” simplesmente porque a Bíblia em o Novo Testamento não lhe denomina assim. Tais títulos não são encontrados nos quatro evangelhos, nos relatos dos Atos dos Apóstolos, nas epístolas apostólicas e no livro de Apocalipse. Vale salientar que no Novo Testamento temos um Evangelho, três Epístolas Universais e o último livro, Apocalipse, escrito pelo discípulo João, que cuidou de Maria, por ordem de Jesus (cf. João 19:16,17).

Primeiramente, o título de “Mãe da Igreja”, se é que cabe a alguém, cabe indiretamente à esposa de Abraão, Sara, pois, se Abraão é nosso “pai na fé” (cf. Mateus 3:9), então, Sara é nossa “mãe na fé”. Cabendo ainda ressaltar que nenhum dos apóstolos ou escritores sagrados fala de Maria como “mãe da Igreja”. A Igreja tem um Noivo: Jesus (cf. Apocalipse 19:7), que também é a “cabeça da Igreja” (cf. Efésios 4:15; 5:23).

Em segundo lugar, o título “Rainha” tem uma referência no Antigo Testamento, já que era assim denominada uma divindade pagã: “rainha do céu” (cf. Jeremias 7:18ss), adoração a qual irava ao Senhor. Interessante notar que o título àquela divindade pagã é o mesmo concebido por muitos cristãos católicos romanos à mãe de Jesus. Geralmente a defesa destes é que, por Maria ser a mãe de Jesus, e Ele sendo Rei (cf. 1 Timóteo 6:15), então, ela seria “rainha” por conseqüência. A mãe do médico é médica? Não necessariamente, não é mesmo? Se Maria fosse “Rainha”, a Bíblia o declararia. Não é o que se vê nas Sagradas Letras!

Por fim, tem-se o título de “Senhora” que também é dado à mãe do Salvador Jesus. A Bíblia declara que há “um só Senhor” (cf. 1 Coríntios 8:6) e que não devemos servir a “dois senhores”, ou se agradará a um ou se agradará ao outro (cf. Mateus 6:24). O argumento de que Maria é “Senhora” porque Jesus é Senhor também não encontra respaldo aqui. Nem há necessidade de dizer por quê. Nenhum dos discípulos ou apóstolos chama Maria pela alcunha de “Senhora”, nem mesmo Lucas, que em seu Evangelho detalha a visita de Maria à sua prima Isabel, que declara, cheia do Espírito Santo, que Maria é a mãe do Senhor dela (de Isabel).

A Palavra chama Deus de “Deus dos deuses” (cf. Daniel 11:36), e sabemos que não há deus além do nosso Deus (cf. Deuteronômio 32:39), então, sendo Deus também “Rei dos reis” e “Senhor dos senhores” (cf. 1 Timóteo 6:15), afirma-se também que não há outros “reis” e “senhores”, embora saibamos nós que sejam títulos terrenos, mas em se tratando da esfera divina, não há outros “reis” nem outros “senhores”, só Jesus é o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.

Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Pedro, Tiago e Judas, escritores do Novo Testamento, em nenhum momento chamam Maria por nenhum desses títulos (“Mãe da Igreja”, “Rainha” e “Senhora”), e sabemos todos que estes sacros escritores foram inspirados pelo Espírito Santo de Deus, que não é de confusão. Se fosse para chamarmos a mãe de Jesus por estes títulos, o sábio Espírito Santo teria inspirado aos escritores a assim escrever. Porém, como vemos, não há menção deles, não é verdade?


Intercessão de Maria?


Jesus declarou claramente que Ele é o CAMINHO que leva até Deus (cf. João 14:6). Paulo declara que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens: Jesus Cristo (cf. 1 Timóteo 2:5). Só estas duas referências bastavam para afirmar cabalmente que não há outro intercessor, mediador entre nós e Deus, a não ser Cristo Jesus. Ora, só Jesus é 100% Deus e 100% homem, logo, só Ele pode ter essa função.

Vejamos os fatos que concorrem para não se crer numa intercessão mariana. Primeiro, em NENHUM LUGAR do Novo testamento vemos algum texto dizendo para rezarmos a ela, pedirmos sua intercessão. Nem João, seu “filho adotivo” (cf. João 19:16,17), a menciona como medianeira, intercessora! João escreveu o Apocalipse aos 90 anos, tempo o suficiente para Maria estar no céu, intercedendo pelos cristãos. Mas em nenhum de seus escritos (Evangelho, as três Epístolas Universais e o Apocalipse) João faz menção a isso.

Em segundo lugar, Maria não é e nunca foi divina, logo, não tem nenhum dos atributos que são unicamente do Todo-Poderoso: a Onipresença, a Onisciência e a Onipotência. A primeira, Onipresença, quer dizer que Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. A segunda, Onisciência, diz que Deus sabe de tudo antes que aconteça, que Ele sonda os pensamentos. Já a terceira, a Onipotência, diz que Deus pode todas as coisas. Maria não poderia estar nem em dois lugares ao mesmo tempo, que dirá em mais de um bilhão de lugares simultaneamente, já que o número de católicos romanos é em torno disso. Tampouco Maria teria poder para atender sequer um desses fiéis. E assim crêem a maioria dos católicos romanos: que Maria dá a bênção a eles. Só Jesus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, só Ele pode conceder bênçãos e só Ele sabe de todas as coisas, pois Ele é Deus!

Outro fato a ser notado, quando o Apóstolo João foi ao céu em visão, ele viu Maria? Vasculhe do primeiro ao último versículo de Apocalipse e você não encontrará nenhuma referência sequer à mãe de Jesus. Muito menos que ela está à destra de seu filho, intercedendo pelos cristãos. Simplesmente porque ela ainda não está no Céu dos céus, ela está no Paraíso, ou Seio de Abraão, descrito por Cristo na história do Rico e Lázaro (cf. Lucas 16:20ss; 20:43). É para lá que vão aqueles que morrem (dormem) em Cristo e que ressuscitarão no Arrebatamento da Igreja (cf. 1 Tessalonicenses 4:16ss). Tão simples e tão claro! Está lá, na Bíblia, examine-a!


Oração mariana: Ave Maria


Como vimos acima, para que Maria atendesse alguma oração, seria necessário que ela tivesse alguma característica divina – pelo menos, a Onipresença. Porém, a Bíblia diz que não há outro Deus além do nosso Senhor Deus (cf. Isaías 43:11; 44:6; 45:6), e que Ele não reparte a Sua glória com outra pessoa (cf. Isaías 48:1). Logo, não há um ser, além de nosso Deus, que tenha seus atributos: só Ele é Onipresente, Onipotente e Onisciente! Nem mesmo os anjos, que são superiores a nós, podem estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo.

Outro fato merece menção: a oração da “Ave Maria”. Diz a oração: “Ave, Maria Cheia de Graça. O Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres. Bendito é o Fruto do vosso ventre: Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. A referida oração tem base em Lucas 1:28ss. Mas só a base mesmo, pois a metade dela é extra-bíblica, chegando também a ser anti-bíblica.

Senão, analisemos: o termo usado em grego em Lucas 1:28 pelo anjo do Senhor para saudar a Maria não é “cheia de graça”, mas “agraciada”. Se você puder ter acesso ao texto original, verá que, para se referir a Jesus, o termo “cheio de graça” é πλήρης1 χάριτος2, em grego (cf. João 1:14). Esta expressão (“cheio de graça”) é usada para se referir a alguém que concede algo a outra pessoa. Neste caso, é usado corretamente, pois sabemos que Jesus nos concede graça, ou seja, favores que não merecemos. No caso de Maria, o anjo jamais usaria a expressão “cheia de graça”, pois ela estava sendo “agraciada”, contemplada, presenteada por Deus, no fato de ser a mãe dAquele que viria a salvar o mundo. Neste caso, em grego, o termo usado pelo anjo para Maria foi κεχαριτωμένη3, em grego. Como se pode ver, πλήρης χάριτος (“cheio de graça”) não é igual a κεχαριτωμένη(“agraciada”). Deus não tem mãe, pois Ele não nasceu, não foi criado. Ele é o Criador de todas as coisas (cf. Gênesis 14:19). Certo que Jesus é Deus, mas também Ele é homem, e, como homem, é que Ele tem mãe, não como Deus.

A outra parte da oração que diz: “rogai por nós pecadores”, também não condiz de maneira alguma com o ensino bíblico. A Bíblia fala apenas de um Intercessor (cf. Romanos 8:34), Mediador (cf. 1 Timóteo 2:5) e Advogado (cf. 1 João 2:1): este Alguém é Jesus. Ainda sim, como pode alguém que morreu interceder pelos vivos. E se a questão levantada for que a Bíblia não fala da morte de Maria, isso não quer dizer que ela não tenha morrido, pois também a mesma Bíblia não relata a morte de seu esposo, José. E, no entanto, não sabemos todos que José, pai adotivo de Jesus, morreu? Sobre este assunto, trataremos mais à frente.

Por fim, se Maria estivesse a interceder pelos cristãos, por que João, aquele que cuidou dela a pedido de Jesus, não a viu em sua visão lá do Céu, no Apocalipse? Simplesmente porque tal fato não encontra apoio bíblico.

Se Maria não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo (e sabemos que não pode mesmo!), então orar a ela também não tem sentido.

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1. πλήρης,a: cheio; completo.

2. χάρις,n: graça; favor imerecido.

3. κεχαριτωμένη: agraciada; favorecida; abençoada.

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Ascensão de Maria aos céus?


É outra crença que merece apreço: a suposta subida de Maria aos céus. A ascensão de alguém aos céus é algo tão extraordinário, que merece menção na Bíblia. Tirando a ida de Cristo aos céus, a Bíblia só relata outros dois fatos parecidos, e ambos no Antigo Testamento: o caso de Enoque, a quem o próprio Deus o tomou (cf. Gênesis 5:24) e o de Elias, a quem Deus tomou num carro de fogo (cf. 2 Reis 2:1ss).

Como se pode ver, a subida de alguém aos céus algo tão fantástico, que merece ser citado na Bíblia. E por que seria diferente logo com a mãe de Jesus? Não falamos de qualquer uma, falamos da genitora do Salvador!

Obviamente, em ambos os casos relatados os trasladados (transportados) para os céus, não foram para o Céu dos céus, onde estão Deus e Seus anjos adorando-O. Pois se assim fora, João teria relatado a presença de Enoque e Eliseu no Céu, mas não o faz, por quê? Porque não há um só Céu, mas há “céus”, você já parou para pensar que a Bíblia fala de céus no plural? Paulo relata que conheceu alguém que foi ao “terceiro céu” (cf. 2 Coríntios 12:2). Somente pelas palavras do Apóstolo, vê-se que há três céus.

Por isso Cristo disse ao ladrão arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43). Veja que Cristo não fala “Hoje estarás comigo no Céu”, mas diz “paraíso”, porque o paraíso é um dos “céus”, também chamado de “seio de Abraão” (cf. Lucas 16:22). É para este lugar que vão os que dormem (morrem) em Cristo. Se assim não fora, João teria relatado a presença de diversos irmãos cristãos, como Paulo, por exemplo, que fora morto muito antes de João falecer.

Por isso que Jesus disse que “ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem” (cf. João 3:13). Note que Jesus define “céu” e não “céus”, especificando o lugar de Sua morada. Logo, crer que alguém esteja no Céu além de Deus e Seus anjos é heresia!


Maria e seus filhos


Maria teve outros filhos além de Jesus? A resposta a essa pergunta vem da Própria Palavra. A Bíblia declara que Maria era virgem ao se casar com seu esposo, José (cf. Isaías 7:14; Lucas 1:27). A mesma Bíblia diz que Jesus foi o filho primogênito de Maria (cf. Lucas 2:7). O Dicionário Aurélio define “primogênito” como o “primeiro filho”, “filho mais velho”. Ora, Lucas, escritor do terceiro Evangelho, era médico, então, com propriedade, podia usar este termo se referindo a Jesus como sendo o primeiro filho de Maria, o filho mais velho. Logo, é de se crer que Maria teve outros filhos. Qual o mal nisso?

Os evangelhos relatam diversos momentos de Cristo com Sua família. Senão, vejamos: teve um momento em que, escandalizados, os judeus referenciam o pai adotivo de Jesus (José), Sua mãe, irmãos e irmãs (cf. Mateus 13:55,56). Em outra ocasião, Jesus falava a uma multidão, quando a mãe e os irmãos Dele chegaram (cf. Mateus 12:47ss). Em outro momento, os irmãos de Jesus O expulsam de casa para que Ele Se mostre ao povo (cf. João 7:1ss). Lucas relata a família de Jesus reunida com os discípulos e as mulheres no Cenáculo, buscando o revestimento do Espírito Santo (cf. Atos 1:13,14).

Há ainda outras referências aos irmãos de Jesus: 1 Coríntios 15:7 e Gálatas 1:19. Este Tiago aí não pode ser nenhum dos outros homônimos (de mesmo nome) dos discípulos, pois está num contexto bem diferente, e Paulo o trata de forma diferente também. Ainda vale ressaltar que Judas se referencia como irmão de Tiago no prefácio de sua Epístola Universal (cf. Judas v. 1). Sabemos que, entre os discípulos, não havia um Judas irmão de Tiago, mas que haviam dois irmãos de Jesus chamados Judas e Tiago (cf. Marcos 6:3), logo, é de se supor que o Judas em questão é o irmão de Jesus.

Sabemos todos que muitos dos Salmos são chamados “messiânicos” porque se referiam profeticamente ao Messias de Israel, Jesus Cristo. No Salmo 69 versículo 8, é dito pelo próprio Messias: “Tornei-me como um estranho para os meus irmãos, e um desconhecido para os filhos de minha mãe”. Ora, e não foi o que houve com Jesus, relatado em João 7:5? Diz o texto: “Pois nem seus irmãos criam nele”.

Tem coisa pior para uma pessoa do que nem seus próprios familiares não lhe darem crédito? Pois foi o que aconteceu com Jesus: nem Seus próprios irmãos, filhos de Sua mãe, acreditavam nEle! E “irmãos” aqui não é no sentido de “primos”, pois o Novo Testamento fora escrito em grego, que diferencia claramente ambos os termos, ou seja, tem um termo para “irmão” (em grego, adelphós) e outro para “primo” (em grego, anépsios). Se esses IRMÃOS/ÃS de Jesus são Seus primos, por que então não temos nenhuma tradução católica romana substituindo estes termos por PRIMOS/AS? A resposta é simples: NÃO SE PODE ALTERAR A VERDADE!


Portanto, você que lê este breve estudo, pese bem estas palavras na Balança da Verdade, a Palavra de Deus. Se eu disse alguma coisa que fugiu ao contexto bíblico, mostre-me! Mas se tudo que disse aqui está correto – e eu sei, pela autoridade do Espírito Santo de Deus, que sim! –, então, não incorra mais no erro de idolatrar a mãe de Jesus, que é bem-aventurada, sim, um exemplo para todos os cristãos em todos os tempos e lugares, mas que não tem nenhum dos títulos que a enaltecem, como vimos acima. Deus te abençoe, em nome de Jesus. Amém.



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Este estudo foi inspirado pelo Espírito Santo de Deus, e escrito por:

José Valdemir Alves

Membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Rua Nova – Belém/PB, onde ensina a jovens na Escola Bíblica Dominical

Licenciado em História, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Especialista em Educação de Jovens Adultos na modalidade Profissionalizante, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Acadêmico do curso de Bacharelado em Direito, pela UEPB, Campus III - Guarabira

Professor de Matemática das rede municipal


FONTES E NOTAS:

Programa “Auto-Ajuda através da Bíblia” – versão 2.01

www.gotquestions.org/Portugues/Virgem-Maria.html

www.abiblia.org/bibliaGrego.asp

Usamos “ss” para nos referirmos aos versículos “seguintes” e “cf.” para “conferir".

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Epístola - Dezembro de 2005

PALAVRA VIVA:

“Nisto se manifestou a caridade [amor] de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.”

I Epístola Universal do Apóstolo São João 1:35


A maior expressão de AMOR (caridade) já feita por algum homem na Terra, por mais nobre que possa parecer, não se compara nem de longe à que Deus nos fez: entregou Seu Único Filho nas mãos dos pecadores para por eles ser maltratado, humilhado, desprezado, crucificado e morto, tendo como propósito levar sobre Si nossas dores e enfermidades (sobretudo o pecado) e nos trazer por meio deste grande, singular e suficiente sacrifício, a tão almejada paz (cf. Isaías 53:4,5). Glória a Deus por isso! Por isso não aceitamos (falo dos verdadeiros cristãos) que alguém mude o foco do Cristianismo, que é o próprio JESUS, para alguém que sequer morreu no meu e no teu lugar, com o intuito de perdoar nossos pecados. Só a Ele toda honra, toda glória e todo o louvor, porque foi o Único que nos amou primeiro e teve a coragem de enfrentar a cruz do Calvário! Aleluias! É a Ele somente que devemos venerar! Obrigado, Jesus!



REFLEXÃO:

“E respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer,será chamado Filho de Deus.”

Lucas 1:35


Neste mês de dezembro comemora-se o nascimento de Jesus (sobre a data, é feito um breve estudo na seção Epístola Histórica desta edição). Há mais de dois mil anos, Deus, para cumprir Seu projeto de redenção da humanidade, escolheu uma jovem virgem para nela gerar, pela ação de Seu Santo Espírito, Aquele que viria a ser o Salvador deste mundo, o que foi predito pelo profeta Isaías (7:14;9:6). A jovem virgem era Maria, que ficou atônita com a idéia de gerar um filho sem conhecer homem algum. Mas que não duvidou da ação maravilhosa de Deus, antes obedeceu-Lhe. José, seu noivo, quando soube, não quis aceitar, mudando de opinião apenas quando o anjo do SENHOR lhe apareceu em sonho. Pela Lei de Moisés, Maria poderia ser apedrejada por se achar grávida antes do casamento (cf. Deuteronômio 22:23,24). Mas Deus é fiel para cumprir com o que promete! Concluída a gestação, Maria deu à luz ao nosso Salvador. Relata a Bíblia que três reis magos vieram do Oriente para adorar ao menino que acabara de nascer,sendo guiados por uma estrela. Estes Lhe trouxeram ouro, incenso e mirra (veja seu significado em Você sabia?). Nosso Salvador foi o Unigênito (único filho) de Deus (cf. 3:16) e o primogênito (primeiro filho, filho mais velho) de Maria, que conheceu José, seu esposo, após dar à luz a Jesus (Mateus 1:25; Lucas 2:7), tendo com este outros filhos e filhas (cf. Mateus 12:46-50; Marcos 3:31-35; 6:3; Lucas 8:19-21; João 7:3-5, com ênfase no v.5; Atos 1:14; Gálatas 1:19). Jesus é o verbo que no principio estava com Deus (Gênesis 1:26 – aqui, note-se o verbo no plural: “façamos”, indicando mais de uma pessoa; João 1:14). O ministério terreno de Jesus foi concluído com Sua crucificação no Calvário, para remissão dos pecados daquele que nEle crê (Romanos 10:9,10), seguida de Sua ressurreição ao terceiro dia (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-12; João 20:1-10) e de Sua ascensão aos céus (Atos 1:9-11). Glórias a Deus! E Ele mesmo virá para buscar Sua Noiva – a Igreja --, arrebatando-a da Terra (I Tessalonicenses 4:15-18). Cremos nesta promessa e nAquele que é fiel para cumpri-la. Aleluia!



MEDITE NA PALAVRA:

“Elevo os meus olhos para os montes, de me virá o socorro?”

Salmos 121:1


Se em Deus não esperarmos nosso socorro, em vão viveremos nossa vida. Por que confiar num Deus que nunca vimos? Simplesmente, porque Sua essência é o AMOR (I João 4:8). Sabemos que não vemos o amor, mas o sentimos, deduzindo assim sua existência. Da mesma forma, só podemos conhecer a Deus se amarmos uns aos outros.



EPÍSTOLA HISTÓRICA:

A Criação do Dia de Natal


A festa mais popular do Cristianismo ocidental (romano) começou a ser comemorada entre os anos 325 e 354 d.C. Antes desta data, não se tem registro histórico (nem tampouco nas Escrituras) de comemoração do nascimento de Jesus: o Natal. O que realmente se comemora – ou se preferir, rememora-se – é a morte de Cristo Jesus (sobre este aspecto do Natal, nos aprofundaremos na seção Uma palavra...). O que poucos sabem é que suas raízes são pagãs, ou seja, não têm nenhuma relação com Deus ou com Sua Palavra. Como assim? A História atesta que 2000 anos antes de Cristo já se comemorava o Natal – talvez não com este nome, mas com o mesmo sentido. Ninrode, bisneto de Noé (cf. Gênesis 10:8), era um homem distanciado de Deus (seu nome deriva do hebraico marad, que significa aquele que se rebelou, rebelde). Ele mantinha relações com sua mãe, Semírames. Após sua prematura morte, sua mãe-esposa começou a afirmar que nascera um grande pinheiro da noite para o dia, de um tronco seco. A mesma dizia que no dia de seu aniversário, Ninrode (sob forma de espírito) visitava a árvore e deixava presentes nela (notou alguma semelhança?). Semírames enfeitava o pinheiro todo ano, aguardando a volta de seu filho-esposo (e agora, notou?). Semírames passou a ser tida como a “Rainha dos Céus” pelos babilônios, e Ninrode passou a ser adorado também como o “Divino Filho do Céu”. Nasce aí também a idéia principal do presépio: a mãe e o menino (ou a Virgem e o menino). Da antiga Babilônia, de onde provém este relato, várias culturas o assimilaram em seu folclore, modificando apenas os nomes das divindades. No Egito, Ísis e Osíris; na Ásia, Cibele e Deois; na Roma pagã, Fortuna e Júpiter; dentre outros, todos praticados antes do nascimento de Jesus. Quanto à data da comemoração desta festa (não é coincidência!), é o dia 25 de dezembro. A mesma data era lembrada pelos romanos como o dia do nascimento do deus Sol Invicto. Anos mais tarde, a Igreja Romana assumiu esta data como o dia do nascimento de Jesus, já que não se sabia qual o dia exato, além de que ficava “mais fácil converter” os pagãos ao Cristianismo. Isto é atestado pelos registros históricos e infelizmente comprova a origem pagã do Natal, que mascarada pelo Cristianismo, oculta seu verdadeiro sentido (Se você deseja saber mais sobre o tema, visite o site www.uol.com.br/bibliaworld/igreja/natal/origem). “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Que Deus te abençoe!



UMA PALAVRA:

Natal


Diz o Aurélio que Natal é o dia em que se comemora o nascimento de Cristo (25 de dezembro). Verdadeiramente Jesus nasceu nesta data? E quanto à comemoração do Natal, é correta sua prática? Vamos tentar responder a estas perguntas que têm sim, muita relevância. A respeito do dia – 25 de dezembro -, sabe-se com certeza que Jesus não nasceu nele, pelo simples fato de nesta época nevar em Israel! E o evangelista Lucas relata que havia pastores guardando seu rebanho em vigília, de noite (cf. Lucas 2:8). Bem, não há pasto na neve que dê para ser consumida, há?! O fato é que havia uma festa em comemoração ao nascimento do deus pagão Sol Invicto, que ocorria justamente no dia 25 de dezembro! (Para maior aprofundamento, ver site anteriormente citado) Como não se sabia com exatidão o dia do nascimento de Jesus, resolveu-se, por decreto da Igreja Romana, que se deveria comemorá-lo na data por ela estabelecida, para com isto ganhar também a “simpatia” dos praticantes desta festa pagã. Na verdade, o que se fez foi ocultar uma festa pagã sob o pretexto de se comemorar o nascimento de Cristo (há quem arrisque que o provável período do nascimento de nosso Salvador tenha sido durante o mês de setembro). Então, se comemorar o Natal é errado? Absolutamente, não! Isto é uma questão extra-bíblica, ou seja, está fora da Palavra, sem, contudo, se chocar com ela. O que se sabe é que não há registro de tal comemoração pela Igreja de Cristo nos primeiros séculos. O que sempre se fez foi rememorar a morte do Senhor, por meio da Santa Ceia (cf. I Coríntios 11:23-33, com ênfase no v.26), realizada mensalmente, como está na Bíblia, nas igrejas evangélicas.O problema não é o motivo da comemoração – longe disso! –, mas sim a data! Como comemorar o aniversário de Jesus no mesmo dia do nascimento de um deus pagão? Não há como ficar passivo diante desta realidade. Sem contar o fato de que os “símbolos” natalinos têm origens duvidosas: a árvore de Natal enfeitada com presentes era desta forma arrumada por Semírames, mãe-esposa de Ninrode, para aguardá-lo desde que este morrera (ver seção Epístola Histórica); o presépio tal qual conhecemos já era encontrado em várias culturas muito anteriores a Cristo; o Papai Noel, que traz presentes, deixando-os próximos à arvore de Natal (à semelhança do que fazia Ninrode, segundo Semírames), sofreu modificação na aparência, feita pela Coca-Cola, que começou a usá-lo como “símbolo natalino” em suas campanhas publicitárias, a partir da década de 1930. Diante do que foi exposto, posso eu, como cristão, comungar com este “espírito natalino”, que não passa de uma fachada do sistema babilônico que domina este mundo que jaz no maligno? (cf. I João 5:19) Não!!! Que o Senhor te oriente, para que não sejas condenado com o mundo (ver I Coríntios 11:32).



PERSONAGEM BÍBLICO:

JESUS


Este, sem dúvidas, é o maior nome de toda a humanidade, tanto é que dividiu a História em duas partes: antes e depois dEle. Jesus nasceu em 3 a.C., na cidade de Belém da Judéia, por ocasião de uma viagem que seus pais terrenos, José e Maria, fizeram àquela cidade para serem recenseados (ou seja, contados entre o povo judeu), por ordem do rei Herodes. Sabendo do nascimento do Messias, o mesmo rei, Herodes, ordenou que todos os recém-nascidos meninos fossem mortos. Contudo, José e Maria conseguiram fugir para o Egito, de onde retornam quando Jesus está com 12 anos. Jesus cresceu e tornou-se um homem, saindo de sua casa aos 30 anos de idade para pregar a Palavra daquEle que O enviou (essa era a sua missão). Durante seu ministério, Jesus operou vários milagres (entre eles, curas, libertações e até ressurreição de mortos). Vendo tudo isso, os sacerdotes judeus, temendo que as idéias revolucionárias daquele homem surtissem efeito, o acusaram de se proclamar o Messias* (um crime naquela época). Obviamente não viram em Jesus o Enviado de Deus, predito pelos profetas. A partir daí, planejaram a prisão e morte (por crucificação), o que acabou se efetuando pelos romanos, no ano de 30 d.C. Todavia, isto constava nos planos de Deus para a salvação da humanidade. Mas ao terceiro dia, Ele ressuscitou e subiu ao céu, onde está ao lado direito de Deus, intercedendo por nós (Romanos 8.34), sendo dessa forma nosso Advogado (I João 2.1). E um dia Ele voltará para levar consigo a Sua Igreja, a qual Ele comprou com Seu precioso sangue, sofrendo dores indescritíveis na cruz do Calvário. É nisso que está depositada a confiança de todo cristão, pois o mesmo que prometeu é fiel para cumpri-lo. Ele pagou esse preço por mim e por você, pois nós não tínhamos condições de fazê-lo, porque o desejo do Todo-Poderoso não é que todo homem se perca, masque se salve. Nisso Ele prova Seu imenso Amor (João 3.16). Aleluia!
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*Assim como hoje, naquele tempo não eram raros aqueles que se diziam o Messias.



MEDITE NISSO...

“Mensagem de Deus”


Conta-se que na época da colonização dos EUA (colonização esta feita por evangélicos), havia uma família cujo pai era um homem ateu. Na noite de Natal daquele ano, sua esposa e filhos se arrumam para ir ao culto; eles o convidam, mas este não aceitou o convite, preferindo ficar em casa, tomando vinho à beira da lareira, naquela noite gelada. Eles foram e o homem ficou em casa. Passado algum tempo, quando já estava perto do fogo bebendo seu vinho, ele escutou um barulho de vidro estilhaçando. Quando correu para a sala ver o que era, tal foi sua surpresa: um bando de passarinhos voava em direção à vidraça da janela, tentando escapar do frio daquela noite, chocando-se com ela e morrendo em seguida. Desesperado ao ver tal cena, o homem não hesita em sair pela porta da casa, gritando para que os passarinhos viessem e entrassem por aquela porta, para assim não morrerem ao se chocarem com a vidraça. Entretanto, caiu em si e percebeu que não adiantaria se esforçar chamando os passarinhos para entrarem pela porta, já que não entendiam sua mensagem. “Se eu fosse um passarinho, eles me entenderiam”, pensou consigo aquele homem. Neste momento, ele ouve a pregação do pastor que vinha do templo, onde estavam reunidos os irmãos para cultuar a Deus. A mensagem era sobre como Deus se fez homem através de Jesus para que a humanidade pudesse entender a mensagem da salvação. Não deu outra, aquele homem percebeu que assim como ele tentara, em vão, chamar os passarinhos para se desviarem do caminho da morte certa e entrarem pela porta segura, Deus também se fez homem para que Sua mensagem fosse compreendida pelos homens, e estes se desviassem do caminho da perdição, vindo a ser salvo por Sua infinita graça. Tocado pelo Espírito Santo de Deus, aquele homem foi para o culto e naquela noite, entregou sua vida para Jesus. Aleluias!



TESTEMUNHO:

“Quem tem promessa de Deus, não morre antes que se cumpra”


O testemunho que se segue é um relato do que passou a irmã Valdete, minha irmã e crente no Senhor Jesus. O mesmo está escrito com suas palavras:

Eu estava em um culto na casa de uma irmã, quando a pastora que ministrava o culto orou sobre mim, e Deus lhe revelou que naquele momento, Jesus estava me dando um grande livramento (eu estava no 7º mês de gravidez). Tomei posse da vitória. Daquele dia em diante, só agradecia, pois imaginei que seria sobre a minha gravidez. Com oito meses de gravidez, a minha filha parou de se mexer. Fui ao médico para fazer todos os exames. Constataram que o coração dela estava parando, de 156 bpm* para 23 a 26 bpm. Naquele instante não me desesperei, pois tinha a certeza de que o Senhor estava comigo, e lembrei de Sua promessa! Resolveram fazer uma cesariana com urgência. Ao abrirem minha barriga, viram que minha filha estava com quatro voltas em volta do pescoço! Um dos médicos falou: ‘Como é que aquela criatura podia se mexer?’. Mais uma vez Deus estava – e está – presente na minha vida! Hoje para a glória de Deus, está com 1 ano e 8 meses, com muita saúde [Que o digamos nós!]. Desde que fiquei sabendo que esta grávida, entreguei a vida dela – pois é uma bela menina! – ao Senhor e falei para Deus que ela será uma grande missionária, junto com seu irmão. Hoje eu louvo a Deus pela vida dos meus filhos: Felippe e Amanda Vitória.”

Medite em: “Nos teus braços fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe” (Salmos 22:10).

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*bpm= batidas por minuto.


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Jesus jamais te abandona!