quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Série: Depois do Arrebatamento...


Capítulo I: "Rejeitando a Palavra"


Três amigos conversam em uma praça de uma pequena cidade. Pedro indaga seu amigo: “Por que você aceitou a ser crente?Você só tem 17 anos...Você está desperdiçando sua vida, cara!”. Ele lhe responde: “Eu não sei o que senti; quando o pastor fez o convite, algo dentro de mim me disse para dizer ‘sim’.” Mas Pedro retruca: “Eu ainda acho que foi tolice irmos para aquela igreja ontem e você ter aceitado ser crente”. “Eu não acho, defende o terceiro amigo, Marcos, acho que deveríamos fazer o mesmo! Se eu tivesse forças para voltar pra Jesus...”. Ao que declara Pedro: “Eu jamais quero ser crente na minha vida!”. “Jesus ainda vai ter um encontro com você, Pedro”, finaliza Isaías.
Dez anos se passam. Pedro se forma em relações públicas e está prestes a ir para os EUA, trabalhar na Organização das Nações Unidas – ONU. Isaías torna-se pastor da igreja onde se converteu. E Marcos torna-se empresário no ramo de armamento. Apesar de continuarem grandes amigos, a rotina de suas vida raramente per-mite que se encontrem. Isaías, sempre que tem a chance, prega para seus amigos, que não obstante a insistência do pastor, não aceitam a Palavra.
Em um desses encontros o pastor Isaías prega sobre o arrebatamento: “Em I Aos Tessalonicenses 4: 15 a 17, o Apóstolo Paulo fala que Jesus vem buscar sua Igreja amada: isto é o que chamamos de Arrebatamento da Igreja. Muitas pessoas serão súbita e misteriosamente tiradas da Terra. Os que ficarem não entenderão nada, exceto aqueles que, como vocês, ouviram a mensagem e não lhe deram crédito. Será o início da Grande Tribulação, descrita em Mateus 24: três anos e meio de falsa paz e três anos e meio de dura perseguição àqueles que não aceitarem a marca da Besta. Ao fim deste período, Jesus voltará outra vez para pelejar contra as forças do mal e vencê-las. Amigos, isto está prestes a acontecer; os sinais da vinda de Jesus se mostram cada vez mais... Aceitem-nO e vivam sem medo do amanhã.”.
Mas Pedro ironiza: “Quem disse que eu temo o amanhã, pastor? Isso tudo é muito fantasioso pra mim, e eu vivo num mundo real!”. “E quanto a você, Marcos? Sabes mais do que ninguém que o que falo é biblicamente comprovado! Não quer se reconciliar com Jesus hoje?”. Mas ele responde: “Isaías, você sabe que meus negócios vão de vento em polpa e que eles não têm nada a ver com a igreja. Além disso, acho que ainda não é a hora de voltar...”. Todavia, Isaías insiste: “Pensem bem, amados, pois amanhã pode ser tarde demais...”. “Amanhã eu vou para os EUA, você acha que Jesus volta logo no dia em que eu galgo o maior grau de minha vida?”, brinca Pedro.
Depois disso, os três se despedem.

Capítulo II: "O Arrebatamento"




Depois que se despediram, Pedro vai para casa. As palavras de seu amigo, o pastor Isaías, por um motivo que ele desconhece, ecoam em seu íntimo enquanto ele tenta dormir. Ele tenta, inutilmente, esquecer da mensagem que lhe fora pregada, para se concentrar na viagem do dia seguinte para os EUA.

Durante seu sono, ele tem um esquisito sono: durante seu vôo para os EUA, diversas pessoas somem misteriosamente causando grande pânico. Ao ouvir alguém dizer-lhe que aquelas pessoas tinha sido arrebatadas, ele desperta de seu sono, bastante assustado! Era 7:30 da manhã e ele tinha ainda que resolver algumas coisas antes de viajar, às 16:30. Enquanto se dirige para o trabalho em um táxi, Pedro medita sobre aquele sonho: “Era tão real!”, pensava consigo; “Seria um aviso?” – questionamento era logo invalidado por um “Só estou impressionado com a mensagem de um crente fanático! É isto!”.

Quando desce do táxi, às 8:20, seu celular toca: é Isaías que estava ansioso para falar com seu amigo; não apenas para lhe desejar boa viagem, mas para lhe transmitir uma mensagem de Deus àquele homem cético.

- Pedro, esta noite eu tive um sonho com você, e neste sonho Deus me mandava falar pra você que a “hora” está chegando, mas dá tempo... A porta ainda está aberta!

Aquelas palavras talvez não tivessem nenhum peso sobre Pedro em outra ocasião, mas não naquele instante. Não depois de um sonho sobre o arrebatamento, real como nenhum sonho lhe fora antes. O silêncio reflexivo de Pedro é quebrado por um convite:

- Quer aceitar Jesus hoje, amado? – pergunta o pastor e amigo.

Após um breve, mas também reflexivo silêncio, Pedro lhe responde:

- Não! Não quando estou perto de tantas conquistas! Não quero ser mais um fanático!

A ríspida resposta do amigo soara como um tiro no coração de Isaías, que mesmo assim falou: “Que Deus te conceda outra oportunidade, caro amigo! Quando quiser conversar, já sabe o número...” – com estas palavras, ele se despediu de Pedro. Mas aquilo ficou martelando na mente de Pedro. Mais tarde, já no vôo, Pedro liga seu notebook para trabalhar, quando é interrompido por seu vizinho de poltrona que lhe entrega um folheto, e amavel-mente lhe profere a mensagem: “Jesus te ama! E Ele quer te salvar!”.

Educadamente, porém, friamente, Pedro pega o folheto e guarda-o na bolsa de seu computador. O rapaz, evangélico, percebe que ele não quer conversa e, sabiamente, ora em espírito para que Deus alcance aquela vida. Durante o sono dos passageiros, Pedro, sem sono algum, certifica-se de que o rapaz está dormindo e pega o folheto que recebera dele. O folheto falava justamente sobre o arrebatamento! Primeiro, tinha sido aquela pregação de Isaías para ele e Marcos; depois o sonho e o aviso do amigo, e agora isso.

O que estava acontecendo? Não querendo perder tempo ponderando sobre questões deste tipo, Pedro amassa aquele folheto e o joga, dormindo em seguida. Pouco tempo depois, seu sono é interrompido com o início de um tumulto no vôo; quando vira-se para perguntar àquele rapaz o que estava acontecendo, para sua surpresa ele não estava mais lá, só estavam suas roupas e sua Bíblia, que sempre estava em suas mãos, caída da poltrona! O mesmo havia acontecido com alguns passageiros: mães, irmãos, pais, familiares e amigos desesperados com o sumiço de seus entes queridos.

Não querendo aceitar a possibilidade que lhe perturbava, Pedro ligou para a casa de Isaías; quem atendeu foi Marta, a empregada, que, em prantos, lhe disse que seus patrões haviam sumido enquanto conversavam, ali, diante de seus olhos! Apesar de não acreditar, Pedro estava diante do cumprimento de uma profecia bíblica: O ARREBATAMENTO!


Capítulo III: "O caos dos primeiros instantes"



Confuso, Pedro desliga o celular e decide obter alguma informação da aeromoça, que não consegue acalmar as pessoas. Também, não era para menos, ali estavam pai e mães que perderam seus filhos; maridos, esposas, tios, tias, amigos, primos: muitos tiveram uma pessoa querida desaparecida! Pedro vai à cabina do avião e, para sua surpresa, encontra lá somente o co-piloto que, atônito, mal se mexia. Pedro então pergunta pelo piloto, ao que seu colega lhe responde que ele estava ali ainda há pouco, quando num piscar de olhos, seu colega sumiu, ficando somente suas vestes (à semelhança do que ocorrera aos outros que também desapareceram!).
Não querendo admitir o fato do arrebatamento, Pedro pensa consigo: “Talvez tenha sido uma abdução alienígena! É claro que há uma explicação lógica, racional...”. E, se existia alguém que não cogitava na possibilidade de vida fora da Terra, esse tal era Pedro. Pouco tempo depois, o avião pousa em Nova Iorque, sua cidade de destino. Lá, ele se depara com um cenário de caos: soldados do exército por toda parte, pessoas procurando ou chorando por aqueles que desapareceram! Pedro não sabia o que fazer. Estava feito um barco à deriva em grande tempestade.
De repente, ele sente uma mão em seu ombro: era Susan, sua futura colega na ONU, que lá trabalhava a cerca de um ano. Susan era filha de um americano com uma brasileira.

- Susan? O que você está fazendo aqui? – pergunta Pedro surpreso.

- Eu soube que você viria e tentei ligar para você, mas não consegui, aí vim te encontrar para te dizer que os trabalhos na ONU foram suspensos desde o ocorrido!

Quase interrompendo-lhe, Pedro pergunta:

- E seus pais?

- Também sumiram!

- Perdoe-me pelo que vou lhe dizer, mas você não parece abalada...

- Apesar de não aparentar, eu estou! E me entristeço mais por não ter vivido no Evangelho como eles. Por outro lado me alegro porque sei que eles estão melhores do que nós!

- Não me diga que você acredita nesse papo de arrebatamento? – Pedro a questiona com um ar de surpresa.

- Mesmo não tendo vivido na fé evangélica como devia, creio sim! – Susan lhe responde convictamente.

- E agora? – pergunta Pedro, mudando de assunto – O que faremos?

- Bom, eu vou para o Brasil para casa dos meus avós, passar alguns dias até esta confusão cessar. E aí, você volta comigo?

- Sim! O que vou ficar fazendo aqui?! Além disso, eu preciso resolver umas pendências que não tive como resolver, por causa da pressa de vir para cá. E também eu confesso que estou confuso com tudo o que está acontecendo!

Enquanto caminham para comprar o bilhete, eles ouvem funcionários de empresas aéreas comentarem que aviões caíram sem pilotos, e nos noticiários de TV, não se falava de outra coisa: lojas de portas fechadas; cidades que tiveram quase todos seus habitantes desaparecidos; muitos acidentes e engarrafamentos causados por automóveis sem motoristas; maternidades em pânico pelo desaparecimento de recém-nascidos; pais aflitos pelo sumiço de seus filhos enquanto iam para a escola; pessoas que deram por falta de seus vizinhos; muita gente que teve alguém em sua casa que desapareceu. Para o desespero de todos, isso se dava em escala mundial. O mundo vivia um de seus piores dias: o caos do pós-arrebatamento!

Capítulo IV: “Arrependidos


Pedro e Susan embarcam no avião para o Brasil, depois de certa dificuldade para encontrarem uma linha aérea disponível. No voo, não podiam de deixar de ouvir as notícias que escutaram no saguão de embarque. Pareciam ecos aterrorizantes: casas faltando parentes, comércio fechado em dia normal, carros desgovernados sem motorista, aviões sem pilotos...

Tudo aquilo os aterrorizava tremendamente, principalmente porque se dava em um momento que ninguém esperava, pois o mundo passa por um tempo de prosperidade e desenvolvimento nunca dantes experimentados. Ambos, por serem tão materialistas, estavam estarrecidos diante de tal cenário caótico. Dois céticos sem saber o que esperar daqui para frente.

Durante o voo, nem Pedro nem Susan pregam os olhos. O avião pousa no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Abalados, os colegas não trocam muitas palavras, enquanto se dirigem para a saída e tomam um taxi.

Pedro se oferece para ir deixar sua colega em casa. Aqui no Brasil, Susan divide apartamento com uma prima sua, sobrinha de sua mãe. Sua prima, Safira, é evangélica desde criança. Quando chegam ao apartamento, encontram-no fechado. Susan pergunta a um vizinho que passa por ali se ele sabe de Safira. O rapaz diz que ela havia saído há algumas horas, transtornada, aos prantos, dizendo que tinha de ir à igreja.

Os dois resolvem ir ao templo da igreja que Safira freqüentava. No caminho, eles testemunham um cenário de caos total: lojas sendo saqueadas, pessoas chorando por entes desaparecidos, policiais tendo de usar a força para conter os mais exaltados, engarrafamentos provocados por acidentes envolvendo carros sem seus condutores (as mesmas notícias que eles tinham ouvido quando estavam em Nova Iorque). Por conta do trânsito que mal avançava, eles demoram a chegar ao templo.

Ao chegar lá, encontram, de fato, Safira, mas também um cenário estarrecedor: havia algumas horas, os crentes daquela igreja estavam em um dos cultos, restando agora roupas e pertences sobre os bancos, no chão, levando à dedução de que sumiram não levando nada. No templo também havia algumas pessoas chorando, se lamentando, indagando por que não haviam subido com os demais cristãos. Alguns de joelhos, chorando feito crianças sem consolo.

Safira, ao ver sua prima, começa a chorar, sobretudo envergonhada, pois naquele momento um flashback passa em sua mente: muitas vezes que ela falava para Susan voltar para a igreja, para ser fiel a Deus e à Sua Palavra. E agora, aquela crente que aconselhava tanto sua prima afastada do Evangelho, se encontrava ali.

Susan vai ao encontro da prima.

- Ah! Prima - lamenta Safira -, tanto que falei para você vir para igreja, e olhe onde estou... Aqui, chorando por ter ficado!

- Safira, não é hora de lamentar, porque sabemos o motivo de não termos ido com eles - consola Susan sua prima. Agora é hora de saber o que vamos fazer...

Susan quase é interrompida pelos gritos de um homem no altar:

- Por que, meu Deus?! Por quê?! Eu profetizava, expulsava demônios, falava em línguas estranhas, interpretava, tinha tantos dons, mas eu fiquei! Me diga por quê?!

Safira, reconhecendo o autor desse murmúrio, se dirige até o homem e o interpela:

- Irmão Jonas? É o irmão Jonas, não é?

Ele confirma que sim e ela continua:

- Eu o conheço! Você muitas vezes pregava aqui e víamos Deus agir poderosamente. O que houve, irmão? Por que você ficou?

- Ah! Irmã, realmente era muito usado, mas quando saía da igreja, só Deus e eu sabíamos o que eu aprontava - diz o homem com ar de pesar. Eu me prostituí muito. Muito do que falava na igreja era da carne, não tinha nada de Deus. Mas havia muitos irmãos usados por Deus que me repreendiam e falavam para eu me converter. Oh! Deus, por que fui tão insensato?!

Enquanto acontece aquele diálogo, outro homem se aproxima e começa a se lamentar também:

- Eu sei bem do que fala o irmão Jonas. Quantos cultos eu não fingi ser tomado por Deus e transmiti a muitos crentes somente o que eles queriam ouvir: palavras de vitória, bênçãos, curas... Tudo eu que falava e não Deus! Muitos irmãos não caíram nesse laço, principalmente aqueles que vinham sempre aos cultos de doutrina, para a escola bíblica!

E os relatos eram todos parecidos: pessoas que viviam de aparências, que freqüentavam os cultos somente com interesse de algo em troca, pessoas que se diziam espirituais, mas que não o eram na realidade, outros que não davam ouvidos à voz e conselhos do pastor, pessoas que rejeitaram a palavra de Deus.

Naquele momento, um homem em prantos entrou no templo, gritando:

- Senhor! Senhor! Me perdoe! Eu estive por tanto tempo na Tua Casa, contemplei tantos milagres, presenciei tantas curas, mas nunca dei ouvidos realmente à Tua voz. Achava que tudo era fingimento, que era emocionalismo, que os teus filhos eram alienados. Andei sempre pelo que dizia meu coração, e acabei onde estou... Senhor, tem misericórdia de mim!!!

Aquele homem era apenas um dos vários que ali se encontravam tristes e desesperados por não terem sido cristãos verdadeiros e agora estavam ARREPENDIDOS...

2 comentários :

  1. Para mim é o acontecimento mais esperado e desejado.
    Sabemos que Jesus está voltando, e temos que manter as nossas lâmpadas cheias de azeite,
    como está escrito na parábola das Dez Virgens.
    Sua mensagem está ótima.
    Parabéns!!!

    Convido a visita, e comentário no meu blog.

    ***Shalom***

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  2. Paz do Senhor!

    Realmente: a Volta do Senhor é o assunto mais esperado, mas também é um dos mais esquecidos atualmente. Temos de fazer nossa parte, que é pregar esta temática.

    Obrigado pelo comentário! Irei, sim, ao seu blog. Deus te abençoe. Fica na Paz...

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